segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Traumatologia Bucomaxilofacial

A Traumatologia Bucomaxilofacial é a subárea da especialidade que lida com as diversas situações de traumas faciais e dentários. É, por muitos, considerada a mais desafiadora de todas as subespecialidades.

Aprofundando o tema:
Após a revolução industrial e com o advento do aumento da velocidade de locomoção do ser humano (somado à imprudência e irresponsabilidade dos que guiam veículos motorizados, maioria esmagadora dos casos), o trauma se tornou uma situação de crescente incidência, sendo considerado uma doença. A crescente violência dos centros urbanos também é um fator etiológico importante do trauma facial, seguida dos acidentes de trabalho e esportivos, quedas da própria altura (principalmente idosos), etc. 
As situações de trauma podem acarretar fraturas ósseas complexas, com perdas sanguíneas importantes, acarretando bastante dor e comprometimento sistêmico. As fraturas podem ser "fechadas", isto é, houve uma fratura mas a parte fraturada não se comunicou com a parte externa, sendo por isso considerada uma fratura limpa. Outro tipo de fratura é a "exposta", que ocorre quando a fratura tem alguma comunicação com o meio exterior. Um exemplo seria uma  mandíbula dentada fraturada que rompa a continuidade periodontal de um dente envolvido, permanecendo, por consequência, exposta ao meio bucal. Os ossos faciais mais envolvidos em fraturas são os nasais e a mandíbula, devido à sua projeção mais anteriorizada em relação às demais estruturas da face.
Os princípios de tratamento de fraturas antigamente se baseavam em redução óssea (realinhamento do osso fraturado), estabilização e imobilização. Desta forma, a maioria esmagadora das fraturas faciais era tratada através do estabelecimento de um bloqueio maxilomandibular (BMM - ato de travar os dentes superiores aos inferiores), o qual deveria ser mantido por todo o tempo de cicatrização óssea, situação bastante desconfortável. Com o avanço dos estudos na área, novos conceitos, materiais e técnicas vêm sendo propostos. Atualmente, por exemplo, sabe-se que os micromovimentos obtidos através da função precoce do osso acometido são essencais para a sua rápida cicatrização, ficando restrito a casos particulares o BMM.
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